E depois de velha ela quer dançar
Essa semana passei a ser aluna de Ballet. Sem nenhuma inibição, adentrei em um espaço que me é familiar: uma escola e uma sala de aula. Não uma sala convencional. Não há classes, nem cadeiras. Só espelhos, barras de apoio, paredes com desenhos e música! Além da dificuldade do corpo de acompanhar os movimentos, nada de anormal para mim. Mas confesso que, ao longo da semana, escutei algumas vezes “depois de velha vai dançar Balett”, e vi muitas caras de espanto com a notícia (não que eu tenha noticiado, mas as pessoas sabem muito mais de nossas vidas do que imaginamos). Velha parece exagero, mas para o Ballet é atípico uma iniciante que já ultrapassou uma década de vida. Sempre tive uma vontade imensa de dançar. Pela beleza dos movimentos, pela sincronia do corpo com a música, ou seria da música com o corpo?! Um corpo que se apropria de espaços, movimentos, expressões, limites. Um corpo que não é só um corpo, não é mero reprodutor de movimentos, um corpo que pensa, sonha, vive a poesia da música ou exala a música através dos movimentos?!. Não sei...não sei o que acontece. Só sei que a concentração que os movimentos exigem, me colocam em uma lógica tão complexa quanto qualquer outra linguagem. Como escrever, ler, falar, andar. Não planejei chegar aos 22 anos (quase 23) iniciando aulas de Ballet (aliás, quem me conhece sabe que não sou de muitos planos). E logo essa dança que é comumente iniciada na infância. Aconteceu! Não é uma linguagem totalmente estranha a mim, afinal dançar muitos dançam, ou se mexem...enfim. Estou me propondo a aprender uma técnica de dança. Essa é a grande diferença entre eu as pequenas alunas (sim! sou a tia da sala, mais velha inclusive que as professoras): a temporalidade. Não estou aprendendo só uma técnica, estou aprendendo outro jeito de dizer, outro jeito de olhar, outro jeito de pensar! Complexo porque me exige um tipo de coordenação motora que não estou acostumada a usar. Digo inclusive, que não aprendi a usar, afinal para sentar e escrever não é preciso mais do que o domínio dos membros superiores e inferiores, e da motricidade ampla e da fina. E olhe lá, um domínio entre aspas mesmo! As matérias da escola (que deveriam ser linguagens) fazem isso, nos limitam ao que é preciso saber para ser um igual. Que bom que descobri um modo “linguageiro” de aprender as técnicas!
Essa semana passei a ser aluna de Ballet. Sem nenhuma inibição, adentrei em um espaço que me é familiar: uma escola e uma sala de aula. Não uma sala convencional. Não há classes, nem cadeiras. Só espelhos, barras de apoio, paredes com desenhos e música! Além da dificuldade do corpo de acompanhar os movimentos, nada de anormal para mim. Mas confesso que, ao longo da semana, escutei algumas vezes “depois de velha vai dançar Balett”, e vi muitas caras de espanto com a notícia (não que eu tenha noticiado, mas as pessoas sabem muito mais de nossas vidas do que imaginamos). Velha parece exagero, mas para o Ballet é atípico uma iniciante que já ultrapassou uma década de vida. Sempre tive uma vontade imensa de dançar. Pela beleza dos movimentos, pela sincronia do corpo com a música, ou seria da música com o corpo?! Um corpo que se apropria de espaços, movimentos, expressões, limites. Um corpo que não é só um corpo, não é mero reprodutor de movimentos, um corpo que pensa, sonha, vive a poesia da música ou exala a música através dos movimentos?!. Não sei...não sei o que acontece. Só sei que a concentração que os movimentos exigem, me colocam em uma lógica tão complexa quanto qualquer outra linguagem. Como escrever, ler, falar, andar. Não planejei chegar aos 22 anos (quase 23) iniciando aulas de Ballet (aliás, quem me conhece sabe que não sou de muitos planos). E logo essa dança que é comumente iniciada na infância. Aconteceu! Não é uma linguagem totalmente estranha a mim, afinal dançar muitos dançam, ou se mexem...enfim. Estou me propondo a aprender uma técnica de dança. Essa é a grande diferença entre eu as pequenas alunas (sim! sou a tia da sala, mais velha inclusive que as professoras): a temporalidade. Não estou aprendendo só uma técnica, estou aprendendo outro jeito de dizer, outro jeito de olhar, outro jeito de pensar! Complexo porque me exige um tipo de coordenação motora que não estou acostumada a usar. Digo inclusive, que não aprendi a usar, afinal para sentar e escrever não é preciso mais do que o domínio dos membros superiores e inferiores, e da motricidade ampla e da fina. E olhe lá, um domínio entre aspas mesmo! As matérias da escola (que deveriam ser linguagens) fazem isso, nos limitam ao que é preciso saber para ser um igual. Que bom que descobri um modo “linguageiro” de aprender as técnicas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário