sexta-feira, 26 de junho de 2009

Roubaram as letras da Biblioteca...
Trocadilho a parte, roubaram o letreiro que identificava a Biblioteca Central da UNISC.
Realmente letras me interessam, e devem interessar muito mais para quem as levou: grandes letras! Quatro vogais (quase todas) e quatro consoantes.
Talvez sugiram combinação mais interessante!!!
Bem...com isso levaram a única identificação que o prédio tinha!
Roubaram as letras e perderam-se os desavisados.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Devagar pra não faltar amor

Olha lá, quem vem do lado oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos e salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor

Los Hermanos

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cinco minutos com Manu

Passo marcado
Sensibilidade corporal
Voz marcante
Equilíbrio
Segurança
Curiosidade
Medo não!
Cinco minutos com Manu
E o mundo se torna pequeno
Diante do desejo de conhecê-lo
Quer que eu te leve?
Sim, me leve pequena
Por sua inexperiência com as convenções
Para conhecer o mundo leve que carregas no coração
E literalmente na palma da sua mão
E será que está na minha?
Eu que aprendi a conhecê-lo com os olhos
Será que vejo tanto quanto tu?
Acho que não, aprendi a olhar o que deve ser sentido
Me desaprenda, me desprenda
Cinco minutos com Manu...
E descubro que
O bebedouro também tem uma torneira!

Manifesto

Quero aqui manifestar minha indignação com a decisão do TSF, em liberar da graduação os profissionais que atuam como jornalista. Sim, para ser jornalista não precisa mais passar pelo 3º grau, basta querer! Imagino o que virá depois. A responsabilidade de um jornalista está em comunicar, na ética da comunicação que vai além das técnicas, mas não as dispensa. O que será feito agora que basta a técnica? O que diferencia a academia de um curso técnico, é justamente que não nos ensinam uma técnica apenas. Professores, em sua maioria pesquisadores (mestres e doutores), caminham conosco para que nós, ainda estudantes, consigamos alcançar um pensamento crítico, para que não sejamos levianos ao elaborar hipóteses, que não tenhamos uma visão etnocêntrica do mundo, das relações, para que o mundo seja maior que o nosso umbigo, para que tenhamos complacência com atitudes inconsequentes como essa. Será que basta, nesse mundo desigual, nos acharmos capazes? Será que não precisamos antes perceber nossas limitações e partir em busca de algo que nos torne mais do que técnicos? Sou estudante de pedagogia, mas tem muito tempo que sou professora. No amor que sinto, no respeito, na humildade, nos meus limites, e esses logo deixaram de ser limitadores, porque aqui, na academia, não me ensinaram uma receita, uma técnica para ser professora. Aqui se promovem ações para pensar, mas aqui não pensamos sozinhos! Pensamos num todo e esse todo foi ignorado a partir do momento que dispensaram a academia da profissão dos jornalistas. Talvez a grande diferença esteja que nós, enquanto acadêmicos, não nos consideramos prontos ao concluir um curso. Nossa profissão não mora num "canudo", ele representa tudo aquilo que ainda precisamos saber. Academia é muito mais do uma sala de aula, onde idéias, mesmo aquelas com os quais não concordamos, mesmo quando estamos cansados de mais para ouví-las, podem ser contestadas, discutidas e pensadas. Aqui pensa-se com pessoas e idéias! Manifesto-me em solidariedade a todos aqueles que concluíram ou vão concluir o curso superior em jornalismo e aos professores dessa área. Como disse anteriormente, tenho receio do que possa vir a acontecer, o jornalismo pode ter sido a primeira profissão a ser abolida da academia. Ressalto que não desvalorizo de forma alguma as pessoas que não cursaram uma faculdade, mas estão desvalorizando nosso empenho, dedicação e amor a profissão. O Brasil, como diz o professor Hélio, é o único lugar do planeta em que uma profissão dispensa a formação! Até mesmo a técnica! A grande ironia é que um profissional formado julgou-se capaz de dispensar a formação aos jornalistas. Bem isso nos dá margem para muitos julgamentos. Mas deixo isso para quem se julga bons o suficiente para isso. Na academia aprendi que julgar é extremamente difícil, exige ampla visão, de um todo. Nesse caso, a visão do todo foi uma pequena fatia, que novamente prezou por uma ideologia política, que brinca com o poder que possui (poder que damos a ela, aceitando passivamente, atitudes como essa). Mais uma estratégia para o "funil" que é a educação brasileira.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

"CECÍLIANADO"

Tudo em ti era uma ausência que se demorava:
Uma despedida pronta a cumprir-se.


Cecília Meireles

Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando de mim.


Cecília Meireles

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Cecília Meireles

Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena.

Cecília Meireles

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.

Cecília Meireles

No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E no planeta um jardim
e no jardim um canteiro
no canteiro uma violeta
e sobre ela o dia inteiro
entre o planeta e o sem-fim
a asa de uma borboleta.

Cecília Meireles

Aprendi com a primavera;

a deixar-me cortar e voltar sempre inteira.


Cecília Meireles

Hoje tenho asas
porque meus pés estão no chão!
Controvérsia, diria a lucidez
irracional, diria o filósofo
disfunção, diria o médico
solitude, diria o poeta.
Fico com o poeta

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Difícil ser gentil quando se é invisível. As pessoas exigem ser bem tratadas porque pagam pelo serviço. Acho que nasci ao contrário. Na minha cabeça, que pensa ao contrário, tratamos bem (com o mínimo de educação) as pessoas porque somos seres humanos, civilizados e porque gostamos de ser bem tratados! Ora quem não gosta de um agrado ou um simples sorriso, uma expressão receptiva?! Não somente pela recíproca. Me canso com o descaso. Outro dia decretei: não quer falar comigo, só quer ordenar, pois serei o que pedes de mim, o mínimo! Vejam só que ironia, o mínimo incomodou! Resultado: não sou tão invisível assim! Mas e se eu tivesse a mesma postura, reclamasse com a pessoa a indiferença com o meu "Olá!", ou dos seus olhos que nem conseguem me ver, somente o seu objeto de desejo?! Eu tolero, mas não sou tolerada! Dois pesos e duas medidas. É isso então?! Sim, sim, sim...vou respirar fundo e postar esse "textinho" inacabado porque não quero mais remoer essa história...talvez ela já esteja acabada!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Acho que sou fruto da imaginação,
A imagem viva da ilusão.
Falso faz de conta do que seja uma mulher
Ou uma miragem de um déjà vu qualquer

Paula Toller