sexta-feira, 3 de abril de 2009

Não é que me deixaste uma tristeza... Deixou uma vontade imensa de ser melhor. De viver, de experimentar... Aos poucos estou entendendo o que acontece! Sua vida, para mim, nunca foi triste. Por isso me deixou alegrias. Mas agora não te reconheço mais, e tu, é provável que não reconheças a mim. Eu pela angústia que parece não te largar e tu pela leveza que no meu ser faço ficar. Será que acreditas em quem sou agora? Em quem estou sendo? As vezes penso que preciso te ajudar... Então te falo, te escuto, não te toco, nem te olho. Mas te sei, te sinto e te quero tão bem. Me sofre pensar que estou limitada. Hora sim, hora não. Limite meu, mas como ajudar se as barreiras são tuas? eu não posso viver por ti, nem pra ti. Mesmo assim, insistes em povoar meus pensamentos, ousa até a acochegar-se na cama comigo quando durmo. Sofro pelo teu sofrer. Não sofro por não te ter, porque eu te tenho. Tem momentos que são só meus e teus, e eles me bastam. Te encontro nos sonhos, nos desejos, na vontade de viver, de ser melhor. Se te pergunto, não é porque quero seu corpo perto, tampouco uma forma velada de te controlar, vigiar ou cercar (sim, esse é um jeito de gostar que nos é apresentado e facilmente nos compra com a cegueira). É porque quero ser contigo. Lembro quando me dizia que não queria perder (apesar de ser um paradoxo), entendo porque também não quero perder o que sou contigo e mais ainda o que ainda pode ser....outros jeitos de pensar, partilhar sentidos gostos e desgostos, saberes e angústias...coisas que só acontecem quando se está junto de corpo e alma. Escrevo o que acho que não dá para escrever...mas é na tentativa de encontrar uma forma de dizer o que continuo achando não pode ser dito (mais um paradoxo)!

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